O GRANDE ENIGMA DO SENTIDO DA VIDA
“A rigor, nunca e jamais importa o que nós ainda temos a esperar da vida; mas sim exclusivamente o que a vida espera de nós”.
(Viktor Frankl)
Em 1942, Viktor Frankl era um médico psiquiatra austríaco bem-sucedido, tendo conhecido pessoalmente Sigmund Freud e sido nomeado Diretor do Hospital Psiquiátrico de Viena. Sua mulher estava grávida de seu primeiro filho e tudo parecia correr muito bem… Só tinha um detalhe: ele era judeu.
Em setembro daquele ano, Viktor, sua mulher grávida e toda a sua família foram presos e deportados para diferentes campos de concentração; passando a contar entre as milhões de vítimas do Nazismo. De todos, apenas ele e a irmã sobreviveram aos campos de concentração pelos quais passou (incluindo Auschwitz).
De repente, Viktor Frankl teve que viver um dia após o outro em um inferno, sem saber do paradeiro de seus entes queridos e sem saber se estaria vivo no dia seguinte. Acontece que (além de prisioneiro) ele era psiquiatra e diante daquela experiência traumática não pode evitar de se perguntar qual era o sentido de todo aquele sofrimento.
Durante 03 anos, ele refletiu sobre qual era a razão para continuar vivo e observava os motivos que levavam muitos prisioneiros a desistir da vida. Parecia existir (e de fato existia) alguma coisa que diferenciava aqueles seres aparentemente uniformes, porque alguns deles continuaram motivados a viver, apesar de todas as tentativas nazistas de desumanizá-los.
Em 1946, um ano após a sua libertação, Viktor Frankl iria publicar seu livro “Em Busca de Sentido”, no qual ele conta a sua experiência nos campos de concentração e resume sua conclusão sobre o tema: em meio ao ambiente de desespero, os homens que conseguiram se manter motivados foram aqueles que se dedicaram aos outros.
Na obra, Viktor Frankl apresenta a ideia central da Logoterapia (escola psiquiátrica fundada por ele): cada ser humano tem uma missão única no Mundo, consistente em desempenhar os papéis (de pai, filho, irmão, amigo, marido etc.) que somente podem ser exercidos por ele. É no exercício (e somente no exercício) desses papéis que cada um pode viver seu verdadeiro propósito.
Em uma sociedade egoísta, a história de Viktor Frankl tem uma lição poderosa e profunda: se você quer viver com propósito, pare de se perguntar o que o Mundo pode lhe oferecer e comece a se perguntar o que você pode oferecer ao Mundo. Existe um personagem que só você pode interpretar e é exatamente sendo excelente nisso que você encontra o sentido da sua vida.
Dica de livro: Em Busca de Sentido (Viktor Frankl)